Crónica da Corrida da Feira de Maio na Moita - 25 de Maio de 2014

...Corrida Intitulada como “ 1ª Corrida da Imprensa Taurina Portuguesa” 
Mas Alguém se Lembrou? ...
 
 A Praça de Toiros Daniel do Nascimento (Moita) acolheu no passado domingo dia 25 de Maio de 2014 uma corrida de toiros rotulada de “Corrida da Imprensa Taurina Portuguesa”, inserida na Feira de Maio, as bancadas encheram-se até meio para ver um cartel composto pelos cavaleiros Joaquim Bastinhas, Rui Salvador, Sónia Matias, Marcos Bastinhas, Duarte Pinto e Tomás Pinto os G. F. A. do Ribatejo e do Aposento da Moita para enfrentarem um poderoso curro de toiros da Ganadaria Ernesto de Castro.


Joaquim Bastinhas abriu praça perante um astado que pouco se prestou a facilitar a vida ao cavaleiro de Elvas, pois que resultou numa lide sem chama, mas esforçada na colocação do toiro para lhe tentar dar a volta e nem a sua habitual alegria chegou para animar as ostes, passou pela moita sem deixar história para contar.

Rui Salvador foi o segundo da tarde e o primeiro triunfador, pois que teve pela frente um dos Castro que se destacou pois que serviu para o cavaleiro se recriar e mostrar como anda motivado, pois que deixou ferros curtos de muito boa nota no sítio certo e debaixo do braço ao estribo esteve bem na brega a tarde podia ter sido mais perfeita não fosse o toque que sofreu na montada no penúltimo ferro da sua lide.

Sónia Matias de todos foi a que teve pior sorte com o toiro que lhe calhou pois não permitiu que a cavaleira mostra-se todo o seu valor ainda que tenha lutado para virar o rumo da lide, cravou dois compridos de muito boa nota de terra a terra, mas com a mudança de montada perdeu-se a emoção e a cavaleira limitou-se a cumprir com a cravagem da ferragem curta com evidentes dificuldades, mas com outras distancias com tinha feito anteriormente nos compridos e ai a coisa poderia ter resultado numa lide a recordar e de fazer aficionados.

Marcos Bastinhas começou a lide com ferros compridos de praça a praça e a dar a primazia ao seu oponente que logo começou a ganhar a atenção das bancadas nos curtos primou pelas entradas de frente e com batidas ao piton contrário, ainda que no momento das reuniões algumas não tivessem sido tão justas ao estribo como manda as regras mas o pagante gosta e sai satisfeito e o cavaleiro sai como triunfador da tarde, o segundo.

Duarte Pinto alcançou mais uma bela atuação na Moita esteve calmo e concentrado na escolha dos terrenos para a cravagem dos ferros tentando dar vantagem ao seu oponente que resultou e bem a cravagem saiu correta e no sítio e ajustada ao estribo, ainda que sem grandes alaridos foi outro dos triunfadores da tarde na Moita.

Tomás Pinto abriu a sua lide com uma sorte gaiola de boa nota o que motivou ainda mais o cavaleiro para o resto da sua função, pois que o cavaleiro vinha com sede de triunfo e não queria ficar atrás dos seus colegas andou esforçado mas nem sempre as coisas resultaram da melhor forma embora tivesse sido o único a pisar os terrenos dos toiros, por isso deixou um dos bons ferros da tarde esteve em plano medio, deixou a ideia que poderia ter feito um pouco mais e ai teria sido outra lide de fazer aficionados.

As pegas estiveram a cargo dos grupos do Ribatejo e do Aposento da Moita, pelos do Ribatejo foram caras João Guerreiro à primeira tentativa com uma boa primeira ajuda (a ajudar o cara a ficar nos cornos do toiro depois de andar a bater com o forcado na cara), a segunda do grupo coube ao cabo João Machacaz à primeira sem grandes dificuldades e por fim Mário Gonçalves à segunda tentativa depois de na primeira não se ter aguentado aos derrotes que o toiro deu.
Pelos do Aposento, foram caras Leonardo Mathias que consumou à terceira tentativa depois de duas rijas tentativas, ainda que nem sempre estivesse estado bem o segundo calhou a Francisco Baltazar que se fechou na cara à segunda tentativa e por fim José Maria Bettencourt numa valente pega ao primeiro intento.

O curro de toiros de Ernesto de Castro tinha entre 5 a 6 anos e metiam respeito não pelo seu tamanho mas pelo sentido que mostraram em praça, devido à idade sairão de jugo desigual a nível de pelagem e de bravura, destacou-se o terceiro e o quinto da tarde.

A direção da corrida esteve acertada a cargo do diretor João Cantinho assessorado pelo veterinário Carlos Santos e pela Cornetim Ana Narciso.

De louvar a bonita atitude do cavaleiro Tomás Pinto que foi o único interveniente da festa que se lembrou, ou o lembraram de brindar a sua lide aos mais variados órgão de comunicação taurina que se encontravam na teia do ruedo sendo que a corrida era rotulada da “Imprensa Taurina”, ficou-lhe bem, e desde já um obrigado ao Tomás pelo brinde da equipa do “Pátio de Quadrilhas “, que foi o único meio de comunicação que nos mais de 15 que estavam na praça que foi enviado para as bancadas estou só a falar a nível de fotógrafos pois que os cronistas presentes estavam nas bancadas.

Carlos Caetano (Cajo)

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