Crónica da Corrida em Vila Franca de Xira - 10 de Maio de 2015


...1ª Parte Superior a 2ª Parte...
Vila Franca de Xira no domingo dia 10 de Maio de 2015 pelas 17 horas recebeu a corrida de toiros inaugural da temporada vila-franquense com um pouco mais de meia casa, onde participavam os cavaleiros Luís Rouxinol, Filipe Gonçalves e Duarte Pinto os Grupos de forcados de Vila Franca e do Aposento da Moita frente a um poderoso curro de toiros da Ganadaria Veiga Teixeira.
Estava em disputa o troféu “João Vilaverde” para o desempenho do melhor grupo de forcados sendo o júri composto João Franco, Jorge Faria, João Cortes, António Manuel Cardoso e Luís Duque antigos forcados de vários grupos. 

Luís Rouxinol abriu a corrida onde mostrou todo o seu saber e arte frente a um toiro que foi perdendo qualidades com o decorrer da lide, mas Rouxinol soube dar-lhe a lide adequada de forma a sair por cima ao pisar-lhe os terrenos e levando-o bem na brega para que não se fixa-se na crença conseguindo cravar bons ferros. No segundo do seu lote a conversa foi diferente não conseguindo o cavaleiro entender o adversário que tinha pela frente ainda que tivesse tentado inverter as coisas onde cravou ainda um ferro de boa nota mas a lide foi sem história não dando volta. 


A Filipe Gonçalves coube-lhe lidar o segundo de Veiga Teixeira que tardou em encontrar os terrenos do toiro onde consegui deixar dois curtos de boa nota acabando com um par de bandarilhas. No seu segundo o quinto da ordem esteve abaixo do seu nível porque teimou em querer colocar os ferros curtos com quiebros mas o toiro não se prestou a isso e foi pena pois que tinha pela frente um bom toiro digo Eu que com outro tipo de abordagem teria conseguido enorme triunfo, andou bem na brega e cravou a ferragem da ordem mas não chegou e por isso não deu volta. 

Duarte Pinto lidou o terceiro da ordem o seu primeiro com um enorme sentido de lide e compreensão do seu oponente o que lhe permitiu rubricar uma lide de boa nota do princípio ao fim com dois compridos de largo e mais uns quantos curtos de boa nota sendo o triunfador ao intervalo. No seu segundo o sexto da tarde cravou dois compridos regulares mas coisas não correram da mesma maneira que na primeira parte pois que o seu toiro rachou-se ao segundo ferro curto buscando a protecção das tábuas só permitindo o cavaleiro cravar mais um ferro a cesgo, talvez tivesse conseguido mais se tivesse mudado os terrenos do toiro, não deu volta. 

As pegas estiveram a cargo dos Grupos de Vila Franca que pegaram os seus toiros todos à primeira tentativa por intermédio dos caras Pedro Castelo, Ricardo Patusco e Rui Godinho, e pelos do Aposento da Moita foram caras José Maria Bettencourt á quinta tentativa, Nuno Inácio à primeira tentativa e José Henriques à primeira. 

A ganadaria Veiga Teixeira apresentou um curro de toiros bem apresentado e a pedir contas aos toureiros, mas de salientar o quinto toiro que foi indultado voltado às pastagens. 

O prémio “João Vilaverde” em disputa foi ganho pelo grupo de Vila Franca

A corrida foi dirigida com acerto e decisões coerentes com o que se passou na arena (não dando ordem para os três cavaleiros darem volta á arena na segunda parte) pelo director Manuel Gama que foi assessorado pelo veterinário Drº José Manuel Lourenço e pelo cornetim Nuno Narciso
A embolação e ferragem estiveram a cargo da equipa da família Campino

Carlos Caetano (Cajó)

Comentários